Somos apenas, as meras personagens.
Desertadas num tempo, e no espaço.
Mesmo sob, conflitantes engrenagens.
As abrandamos, com invisível abraço.
Somos tão presentes, e tanta ausência.
Criando as nossas imagens, na solidão.
Tão reais, tão expostos á consequência.
Sendo transportados, como o arrastão.
Os nossos defeitos, gritantes, velados.
Como uma ventania, na areia do mar.
Somos grãos de areia, assim juntados.
Enquanto o escarcéu, nos vem abraçar.
Somos um amor, apenas e simplesmente.
Que fora nascido ,como flor abandonada.
Assim originário, da mais pulcra semente.
Em algum caminho , tão fundo e pisado.
Respeitável entender ,ao coração apenas.
Ausentando as indagas, pelos dias afora.
Sob a abóboda celeste, olhares em cenas.
Varando vitrais, que a distância ancora.
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