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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

RELICÁRIO

Luzes ascendendo dias, amanheceres recorrentes.

Apostando nas evidências, luzes incandescentes.

Uma cidade espreguiçando, suave e domingueira.

Saudade, minha saudade invade a cidade inteira.


Domingos tão esperados deslizam abandonados.

Consternações levadas, os tempos desperdiçados.

Um domingo brinca, caminhando um tanto sério.

Este vai espreitando o céu, sua cor, seu mistério.


As ruas virando dunas, viram  lapsos de deserto.

Originando algo de longe, levando algo de perto.

Acendendo os tropeços, o meu coração solitário.

Clareando uma verdade, mostrando seu relicário.


Houveram tempos passados, dentro do coração.

Estes mantenho guardado, para curar a solidão.

Minha vida sem solidão, jamais pode encontrar.

O motivo, a esperança,até mesmo um recomeçar.


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