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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

RETIRANTE

 

Vinculando os tais blocos, as pedras frias.

Virando as assinaturas,as mãos calejadas.

Mãos e num passado, deixam assinaladas.

Esquinas, as cidades, e tantas ruas baldias.


Como flor expondo uma haste, delicada.

A ser levada, pelo outono, cidade afora.

Comumente atirada,e com o vento aflora.

Tão viva  e pronta, para ser despetalada.


Um bem te vi passarinho, e habitando só.

E logo de manhã, anunciando o dia vem.

 Sozinho e ignorando, quando apenas tem.

 Árvore, cujas frágeis raízes, na pedra e pó.


Tudo passa lentamente,e virando história.

Aqueles minutos ansiosos, tão demorados.

Em contemporâneo, os distantes passados.

 Modificado concreto, sem arte, sem glória.


Retirantes, são como homens passarinhos.

Saindo do habitat, buscando o sobreviver.

Sobrevivência esta, uma  arte rude, tal ser.

Lapida uma cidade, onde não têm ninhos.

 

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