Vais, desacoplado perante o meu mundo.
Quem tanto procuro, de quem tanto fujo.
Como dentre areia, um exótico caramujo.
Sentindo meu sentido, resvalando fundo.
Caiado como sedução, fato inexplicável.
Todavia, carregaste contigo o intrigante.
Assim tua incidência, muda meu instante.
Mas, enquanto ausente, segues adorável.
Tantas indagações, reforçadas respostas.
Impregnara eu, no meu coração tão triste.
Lamentações de amor, sequer tu ouvistes.
Vais pelos vãos, esboçado amor em postas.
Eu sou como a tarde, sumindo para noite.
Beijada pelo sol, e se escondendo num luar.
Porém tristonha, com coração a resmungar.
Buscando resposta, ante o amor, e o açoite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário