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quinta-feira, 2 de julho de 2020

A FACE DO MUNDO_DO LIVRO CONTOS E PROSAS

Seguramente, daquela segunda feira,eu não poderia deixar passar, com o número da conta na mão.
 Eu precisara fazer aquele depósito, já em atraso!
Meu condutor apreciando o marzão, silencioso, tranquilo e inabitado, assim eu não seria multada, se no seu horário pago,  não desse tempo, e realmente eu passara, sufocada pela máscara e pelo calor, boa parte do dia na fila do banco, que dobrava a esquina e descia quarteirão abaixo.
Puxando e soltando o mesmo gás carbônico, milhares de vezes!
Tanto que minha máscara ficara nojenta!
Pouca conversa, todo mundo com um ar sisudo,escondidos pelas máscaras e completados pelas lentes escuras.
Éramos perfeitos androides encalistrados, vestindo nossas idealizas, submissos feitos cães adestrados pelos vírus, que nos ameaçara constantemente.
Os olhares eram acusatórios perfeitos:
Estás corrompido!
Mantenha abscissa de mim!
Eu não fora á queima de fogos, muito menos brincara carnaval, no entanto, eu soubera que o tal vírus ficara á espreita, de tocaia, só esperando tudo passar.
Os vendedores ambulantes, antes tão sobrepujados, usando seus desnudados disfarces, eram a oferta e a pedida do momento:
Olha a máscara! Olha a máscara!
Mas quem se atrevera em adquirir o que já usara?
A rua inteira representara um mundo narcotizado, por uma palavra apenas, palavra esta que designara algo tão nosso, o qual tornara a vida mais bela.
Eu pensara comigo mesma:
O mundo é circunspeto de dois indivíduos:
O que estabelece, e o que corresponde de maneira tal, sem mais inquires, apenas corresponde.
E fôramos aos poucos, nos afeiçoando com o conceito da extenuação.
Um conceito tão forte, porém invisível aos olhares, apenas passeando livremente pelas ruas e praças, parques, praias todos inabitados, visto que dona extenuação, doravante estampara a face do mundo.

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