Seguramente, daquela segunda feira,eu não poderia
deixar passar, com o número da conta na mão.
Eu precisara fazer aquele depósito, já em
atraso!
Meu
condutor apreciando o marzão, silencioso, tranquilo e inabitado, assim eu não seria multada, se no seu horário
pago, não desse tempo, e realmente eu
passara, sufocada pela máscara e pelo calor, boa parte do dia na fila do banco,
que dobrava a esquina e descia quarteirão abaixo.
Puxando
e soltando o mesmo gás carbônico, milhares de vezes!
Tanto
que minha máscara ficara nojenta!
Pouca
conversa, todo mundo com um ar sisudo,escondidos pelas máscaras e completados
pelas lentes escuras.
Éramos
perfeitos androides encalistrados, vestindo nossas idealizas, submissos feitos
cães adestrados pelos vírus, que nos ameaçara constantemente.
Os
olhares eram acusatórios perfeitos:
Estás
corrompido!
Mantenha
abscissa de mim!
Eu
não fora á queima de fogos, muito menos brincara carnaval, no entanto, eu
soubera que o tal vírus ficara á espreita, de tocaia, só esperando tudo passar.
Os
vendedores ambulantes, antes tão sobrepujados, usando seus desnudados
disfarces, eram a oferta e a pedida do momento:
Olha
a máscara! Olha a máscara!
Mas
quem se atrevera em adquirir o que já usara?
A rua
inteira representara um mundo narcotizado, por uma palavra apenas, palavra esta
que designara algo tão nosso, o qual tornara a vida mais bela.
Eu
pensara comigo mesma:
O
mundo é circunspeto de dois indivíduos:
O que
estabelece, e o que corresponde de maneira tal, sem mais inquires, apenas
corresponde.
E
fôramos aos poucos, nos afeiçoando com o conceito da extenuação.
Um
conceito tão forte, porém invisível aos olhares, apenas passeando livremente
pelas ruas e praças, parques, praias todos inabitados, visto que dona
extenuação, doravante estampara a face do mundo.
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