Desse fim de outono, coração esperançoso.
Quatro estações prometem flores, somente.
Teu olhar ligeiro, jeito requintado, garboso.
Brilha feito estrelas, em um céu displicente.
Bem vinha, sentindo um novo faro no ar.
Vi borboletas cruzando ares, pelas manhãs.
Em meu coração, um sinal para acreditar.
Em um filme antigo, com balas de hortelã.
Um sorriso sincero mostrou teu coração.
Escondido no sonho, porém com medo.
Mas eis que de repente, mera distração.
Tão distraído, abriu a gaveta do segredo.
Eu me vejo, já de passagem, bem perto.
De ser o teu antigo sonho, tão esperado.
Repintado de cores vivas, o meu deserto.
E nasce, num lindo jardim, todo cercado.
Como rubras rosas, de flores redesenhadas.
Sorrisos atroam, sentimentos desavisados.
Sinto lá fora, as músicas bem orquestradas.
Aqui dentro, alma e coração, apaixonados.
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