Fora
tão fácil, guardar tua imagem no
coração, quando tua constituição elegante, e simples ao mesmo tempo, me
carregara pela mão, mostrando
o sonho mais lindo, que no momento,
sequer imaginara.
Os teus ombros, teus olhos céleres, o teu
jeito singular, jeito este, que jamais soubera definir, discernira apenas, que
fizeram de meus dias nublados, sois claros de verão...
A
vida me sorrira, com o teu ar tão franco, regado de palavras gentis, até mesmo
amara eu, tua sinceridade abrasiva.
Por
vezes, eu me sentira segura caminhando
ao teu lado, ouvindo teu coração...
Contudo,
não demorastes tu a fugir, pelas dobras da ausência, que me calara a alma, que
me pusera um
coração dorido então.
Imensa
avalanche de aleivosias atravessara nosso caminho, deixando-me aquém de teu
amor, quando nossa felicidade começara, incomodar uma multidão.
Mesmo
nos mantendo em silêncio, nossa imagem fora roubada de nós dois, e tu dobrastes
outras esquinas, e eu ficara com uma imagem apenas no coração.
E
para jamais aceitar nosso fim,eu te vira em todos os dias, enquanto o
embuste, e a improbidade, vestindo tua imagem, foram me levando, para longe de
ti.
Fizéramos
parte de uma modernidade líquida, que nos colocara um distante do outro para
sempre, que nos levara de nós mesmos, deixando um clima de mágoa subentendido
no ar.
Passara
o dia dos namorados, todos os domingos, os sábados com jeito de segunda , pois continuáramos ausentes e
desfeitos, desconstruídos de nós mesmos.
E enquanto a esperança agonizara, eu
tentara olhar a tua imagem semi apagada, deixada numa janela fria, numa tarde
de inverno.
O ano
transcorrera silencioso entre nós, Então acreditara eu,que todas aquelas
palavras também vieram prontas para me deixar, pois depois delas, de ti mais
nada restara, a não ser a acusação, como justificativa de teu abandono.
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