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quarta-feira, 29 de abril de 2020

JAMAIS



Varrendo, um componente do mundo.
Como o outono varre, o meu coração.
Jamais entendera tal tempo iracundo.
Quando eu criara, sem prestar atenção.

Ao meu redor, passeando como vento.
Quando invisível, tocando o abstrato.
Uma essência, em pleno recolhimento.
Um corpo sentindo, o perfume do mato.

Ouvindo atenta, a tantas asseverações.
Esperando uma nuvem, para  embarcar.
Um mar caprichoso guarda recordações.
Vai espalhando, para eu jamais olvidar.

Jamais olvidarei como queira minha vida.
Quando num sopro infinito, poderá passar.
Passarei marcando, lembranças contidas.
Enquanto estas jamais precisarão recuar.

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