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quarta-feira, 29 de abril de 2020

SEM ACABAR

Sou serenata, á lua olvidada canção.
Os becos, as palavras, entrecortadas.
A sensação, de uma vida em devoção.
Foge com o dia, palavras inacabadas.

Uma nítida nota, tocando aos ouvidos.
Deitando em luzes, a fria madrugada.
Viajando rente, entre os adormecidos.
 Serenando numa miragem, na calçada.

Um pensamento, passeando pelo ar.
Ofegante voo, fazendo risco invisível.
Resposta, na pergunta sem formular.
Cai entre as nuvens, de modo incrível.

Fora sem acabar, expressando enfim.
A nova maneira, uma transformação.
Porém ancestral mora dentro de mim.
Jamais soubera entender, a tal decisão.

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