CANTO

Uma luz da rua entrando pela fresta

Carregando, sentimentos conhecidos.

Como uma silhueta, o astro da festa.

Que decoro, nos meus dias encolhidos.

Sim,a nostalgia,eu  também refaço.

Minhas  sombras, brisas repentinas.

Colossal expressão, feito meu abraço.

Cálidas urbanas, nas tuas esquinas.

Tão imenso, então assim, atravessou.

Linda ponte, dentre o intransponível.

Penso ser assim, como quem marcou.

Plena porção, dentre um indivisível.

Um canto retocado, numa tal criação.

Flama crepita, bruxuleando á revelia.

Soltando as asas, pondo voar o coração.

Enquanto o canto, numa voz silencia.