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domingo, 20 de dezembro de 2020

ADÁGIO

 Quaresmeira da janela, os seus galhos frágeis.

Vencera as pedras do asfalto, suas raízes ágeis.

O roxo das pétalas, o sol e a fuligem atacavam.

Quase sem perfume, mas , inspiração exalavam.


Eu deixara as pétalas, dançando na calçada.

Sonhando, quando felicidade, fizera morada.

Tão distante, pois para mim, fora impossível.

E quanta impossibilidade, a tornara invisível.


Eu voltara, depois de tanta saudade sentir.

Tantos verões extremosos, tentando invadir.

Sentira que minha rua, resvalada pelo vento.

Trouxera o teu olhar, trouxera o sentimento.


Quaresmeira natalina, sem tempo, sem hora.

E pétalas cobrindo galhos, flores de outrora.

Desertada comiseração, ainda caindo lenta.

Mantida pelo adágio ,ainda a alma sustenta.



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