Tentando escapulir, entre a polpa dos dedos.
Digerindo uma fábula, como meu coração.
Arriscando escrever, a coragem com o medo.
Contemplando o céu, e distinguindo o chão.
Um dia escorrendo, como sempre escorrega.
Acamando no horizonte, à tarde de antemão.
Igualmente a esperança, como ainda navega.
Remanso de águas límpidas, termo e bordão.
Atravessando sentidos, procurando discernir.
Fintando uma pintura, para recortar um sol.
Em uma esquina qualquer, simulando sorrir.
Eu ainda te imagino, numa nuvem de lençol.
Desperdiçado pelo azul,o formatado algodão.
Corrediço, vaporoso, como um pássaro ligeiro.
Repouso minhas luzes, minha fuga, meu então.
Entregando a tais fugas, alma e o corpo inteiro.
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