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sábado, 22 de agosto de 2020

A FLOR DE PLÁSTICO

Como diz o historiador, não tem jeito de flor.

Esticada perfeita, conservada isenta de regar.

Uma flor de plástico, nunca subentende amar.

Jamais murcha e fenece, jamais muda de cor.


Uma semente levada pelo vento movimenta.

Quando, numa ribanceira qualquer, mimosa.

A tal florzinha silvestre, ou no jardim a rosa.

Tão lindas e perfumadas, a natureza ostenta.


Porém, por algum tempo somente, e fenece.

Murchando sob o sol, muda o tom e o olor.

Fenece  para renascer, como requer o amor.

Somente assim, o novo exemplar permanece.


A flor de plástico, fria, inalterada mantém.

Uma mesma aparência, tão ilibada e perfeita.

Contida frieza, e expondo nenhuma colheita.

Flor que não morre, por isso, nem vida tem.


Finitude, beleza da vida, em agradecimento.

Quando o encanto de viver, observando flor.

Pois, apenas passagem, o trampolim do amor.

O bom plantio recomeça, outro encantamento

Um comentário:

  1. Não há como as flores naturais apesar da sua brevidade.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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