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quinta-feira, 23 de julho de 2020

VENTOS DE SAUDADE

Roçam os telhados das casas, riscam os céus as transparências.
Ventos são saudades criando asas, dos tempos são eloquências.
Eu queria ver agora o teu rosto, e alisar teus cabelos em neves.
Pousaria o olhar, com muito gosto, como ventos lentos e breves.

Contaria ainda a tempo o que tenho, acho que ia me entender.
Talvez saiba de onde venho, meus anseios, apostaria conhecer.
Os ventos fortes, que varreram, que limitaram nossas conversas.
Tais milênios, que se procederam, colocaram as ordens inversas.

Os ventos ligeiros queria eu ser, ir e voltar tão livre e densa.
Sentimentos primeiros a entender, do entardecer recompensa.
Os ventos sacramentam as orações, como se achegam nos dias.
As gotas grossas, anunciam verões, destes, agregadas melodias.

Tais ventos clareiam minhas vontades, insistem em me levar.
Coordenam dentro de mim tempestades, as melodias de ninar.
Constantemente ver os teus olhos lilases, um rosto que guarda.
Beleza singular em todas as fases, e imbatível, sempre retarda.

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