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quinta-feira, 23 de julho de 2020

O TOLDO

Em uma banca de jornal, posso decifrar criar asas.
Porque nada mais afeta tal indiferença, enquanto.
Pessoas apáticas carregam suas malas, suas casas.
Apenas são alguns números, os quais vão somando.

A calçada estica seu toldo, para os belos mostruários.
Mas, quando o sol se vai, estes mesmos ficam vazios.
Apenas, vez ou outra, um transeunte dentre calvário.
Ou perdidos entre nós, nossas invernias, nossos frios.

Liberdade tem uma cor clara, veste o coração triste.
Estes mantidos presos, como ilesos, seus momentos.
Enquanto sentimos pena, somente a tal pena existe.
Vamos vivendo assim, escravizando os sentimentos.

Um toldo pode ser uma morada qualquer, portanto.
Quando um dia amanhece, e numa gelada calçada.
Um estranho encolhido, um viciado, ou um santo.
Os mesmos ainda, em nossas opiniões esfarrapadas.

Somos uma sobra, quando a vida cobra algo mais.
Quando o medo, a estranheza permitem assim ser.
 Amontoado de sonhos, escura imagem nos vitrais.
Porém, com delimitações, a quem permitido viver.

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