Em uma banca de
jornal, posso decifrar criar asas.
Porque nada mais
afeta tal indiferença, enquanto.
Pessoas apáticas
carregam suas malas, suas casas.
Apenas são
alguns números, os quais vão somando.
A calçada
estica seu toldo, para os belos mostruários.
Mas, quando o
sol se vai, estes mesmos ficam vazios.
Apenas, vez ou
outra, um transeunte dentre calvário.
Ou perdidos
entre nós, nossas invernias, nossos frios.
Liberdade tem
uma cor clara, veste o coração triste.
Estes mantidos
presos, como ilesos, seus momentos.
Enquanto
sentimos pena, somente a tal pena existe.
Vamos vivendo assim,
escravizando os sentimentos.
Um toldo pode
ser uma morada qualquer, portanto.
Quando um dia amanhece,
e numa gelada calçada.
Um estranho encolhido,
um viciado, ou um santo.
Os mesmos ainda,
em nossas opiniões esfarrapadas.
Somos uma sobra,
quando a vida cobra algo mais.
Quando o medo, a
estranheza permitem assim ser.
Amontoado de sonhos, escura imagem nos
vitrais.
Porém, com
delimitações, a quem permitido viver.
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