MEMÓRIAS

Guardara de antemão para jamais esquecer.
 Um livro numa estante, esperando alguém ler.
Porém, num instante qualquer numa história.
Folhas soltas ao vento, impressas na memória.

Entendera como a vida, tivera me beneficiado.
Nulidade entendera, não houvera te encontrado.
Portanto, tristonha eu ficara, parada na estação.
Tão logo um trem viera, e me roubara o coração.

Eu ficara chorando, por desentender um fato.
Por me sentir sozinha, e achar tudo insensato.
Tu chegaste tão repentino, expondo a solidão.
O jeito descontraído, a mim levara, pela mão.

Deixara o trem sumindo, arrastando saudade.
Estivera te procurando, por milhões de cidades.
Enquanto o sol entardecera,o meu dia secular.
Tu vieras ao meu encontro, somente para ficar.

Largadas memórias, nas ventanias distantes.
O teu lindo coração, e nada mais como antes.
Eu te encontrara decerto, numa linda estação.
Principiando inverno, tão quente como verão.