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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

LASSIDÃO


A saudade, numa agonia, requinte.
Exaustão, morando no dia seguinte.
Entre os meios, tocam mais ajustados.
Sono perdido, gritos em sons calados.

Revirar de um adágio, numa procura.
Visando sanar um achaque, sem cura.
Letargo despertar, quão desencorajado.
Indisposição, habita um corpo cansado.

A luz do dia, ferindo minha vontade.
Correndo solta, numa cruel impiedade.
A voz, que não diz nada, numa mão.
Perdida no desânimo,  numa lassidão.

O dia insiste, prosseguindo estancado.
Fome ausente, num ânimo minguado.
Arrastar das horas, resumo em solidão.
E descompassado, balançado coração.

Que invadido fora, pela dor austera.
Compilado senso, dorido amor reitera.
Perante a razão, enquanto nada diz.
A saudade refina, deixando tão infeliz.

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