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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

AXIOMA

Um lindo poema, e redondinho.
Caindo de leve, em minha mão.
Teu olhar ,que faz  burburinho.
Como um rio, como inundação.

Vai tocando, a minha saudade.
Quando me fala, como ninguém.
Uma carta, contendo a vontade.
Enquanto atingida, eu vou além.

Como, na minha calada timidez.
Grito te amar, mas na voz retém.
Fora assim, que a inspiração fez.
Te distanciou no tempo, meu bem.

Tu morando, assim tão  distante.
Onde um mar, enviesa o barulho.
Desprendido, como um retirante.
Levando uma vida, no embrulho.

Fonte de inspiração, tu foras assim.
Águas puras, enrolando  cristalinas.
Inundação, amor que não tem fim.
Teus morenos olhos, luzes de vitrinas.

Vertendo, como águas passageiras.
Quando no chão, deitam e rolam.
Tuas imagens, nas miragens ligeiras
Axioma, lembretes que forte colam.

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