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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

CONTRADIÇÃO

Como um vento sorrateiro, dobrando.
As esquinas da lembrança esquecida.
O lindo corcel, fotogênico, galopando.
Composta imagem, calendário da vida.

Tivera sensação, de voltar rapidamente.
Abrir meu portão e sorrindo te abraçar.
Viestes sorrindo, mesmo assim ausente.
Mudaras de endereço, mudaras de lugar.

Minhas lágrimas, o vento vem, e carrega.
Ilumina o meu rosto, fazendo companhia.
Um nada, em minha existência, congrega.
Desamor, que fora tudo, para mim um dia.

Quisera apenas entender, como tu pagas.
Com indiferença, tudo quanto  dedicara.
A ventania ainda mostra, a imagem vaga.
Dentre transparência, a tal imagem vara.

Fora tu, a maior contradição, feita de fato.
Numa coragem incrível, para fazer sofrer.
Eu fora aquele amor, tão precioso e barato.
Que jamais encontrarás, em todo teu viver

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