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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A SAUDADE


Uma saudade, uma agonia em requinte.
 Escrita lenta, confiada a página seguinte.
As normas, meios,  termos mais ajustados.
Gerando sono perdido,  discursos calados.

Revirar de um adágio, quando procura.
Um leniente, para um achaque sem cura.
Letargo despertar, precário desencorajado.
Incômodo, perpassando o corpo cansado.

Entra luz do dia, ferindo  minha aspiração
Dimanando solta, como adrenalina no vão.
A voz, que não diz nada, pensamento lasso.
Perdida languidez, na linha, no embaraço.

Enquanto o dia, prosseguindo estancado.
Bulimia ausentada, um ânimo minguado.
O arrastar das horas, na palavra solidão.
Mantém descompassado, acintoso coração.

Quando invadido por uma dor austera.
Compilado senso, intentado amor reitera.
Perante a razão, quando esta nada diz.
Pois saudade refina, me deixando infeliz.

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